domingo, 18 de setembro de 2011

° É só pedir que eu CONTO! #2 °



Olá leitores, novamente BOM DIA e otimo Domingo.

Em meu segundo post de hoje trago a coluna É só pedir que eu CONTO! Na normalidade este post era para ter sido na quarta-feira, porém por uma falha de comunicação só saiu hoje. Como vocês já devem saber, está coluna são escritos contos que são baseados na escolha de 3 palavras, por vocês, é só votar na enquete ao lado ----->
Os enredos da próxima semana já estão em aberto para votação. Votem, Votem, Votem;

Mr.Celedonio

Vamos ao conto, é só clicar em continuar lendo.



A Mulher e a música das nuvens.

Era uma vez uma mulher que gostava muito de viver sua liberdade, tanto que todas as manhãs saía para caminhar pelos campos de monocultura de uma empresa estrangeira que ocupava o lugar da mata, pois finalmente tinham conseguido botar a floresta abaixo, livrando-se dos animais perigosos e insetos inoportunos.
Dária sempre que caminhava entre as plantações, prestava bastante atenção no som que o vento fazia ao passar pelas folhas, e olhava para cima admirada com a dança das nuvens, que para ela eram regidas pelo mesmo vento que lhe agitava os cabelos, no que tinha absoluta razão.
Certo dia, numa dessas caminhadas, apareceu-lhe pela frente um elfo de mais de um metro e oitenta, ombros largos e olhos claros, que percebeu-lhe a pureza dos sentimentos no coração palpitante, então a fez apalpar até sentir endurecer outra coisa sob suas calças. E ali mesmo, deitados entre o verde daquela soja toda, sob o sol forte do meio dia equatorial num sábado com poucas nuvens, que Dária percebeu pela primeira vez como o mundo realmente girava.
Desta forma, passou todos os dias a se encontrar naquela mesma hora com o elfo, que variava cada vez mais as posições em que iniciara a ingênua mulher, e ela agora imaginava se assim como as folhas e as nuvens, os movimentos daquele desconhecido não seriam também regidos pelo vento, como se ele fosse apenas mais uma nota nesta música misteriosa que era sua vida.
Os dois deitados de costas olhavam para as nuvens, mudando a cada instante no céu, sem nunca se fixar numa mesma imagem por muito tempo:
- Já que dissestes ser um elfo, e vem me mostrando durante esses dias sua enorme vara de condão encantada, que tal agora se contasses algo que apenas os elfos conhecem?
- Prometes guardar segredo?
- Com certeza, ou não me chamo mais Dária!
Percebendo claramente que em breve ela teria de mudar de nome se levasse a sério a promessa, pois quem diz com certeza, com certeza não tem a mínima idéia do que está fazendo e só disse isso porque foi a primeira resposta que veio à cabeça, o cara dos olhos claros percebeu que aquilo estava tomando um caminho perigoso, e decidiu parar de vê-la. Mas antes resolveu testá-la lançando-lhe uma proposta:
- Se eu contar o maior segredo dos elfos, nunca mais poderemos nos ver e você deverá escutar minhas palavras sem jamais repeti-las pelo resto de sua vida! Ainda queres saber mesmo assim?
- Com certeza!
- Pois bem, a origem do poder dos elfos vem de conseguirmos ouvir a música que rege as nuvens! Basta se concentrar e prestar bastante atenção, mas na verdade sem prestar muita atenção de verdade, percebeu a intenção?
- Com certeza!
Enquanto ia embora aliviado por ter conseguido deixá-la tão facilmente, não percebeu que Dária olhava-o pelas costas, já sabendo perfeitamete que ele não era a pessoa de quem dizia se tratar, mas sem querer tinha revelado à ela algo que ele imaginava uma asneira, simples tolice para enganar mulheres tolas. Só que na verdade o que ele revelara tratava-se realmente de um dos maiores segredos, não só dos elfos como de todos os outros seres mágicos poderosos, invisíveis aos meros mortais.
Ela olhava pro céu, e naquele instante, no momento exato em que uma nuvem rosada transformava-se, assumindo a forma de uma bela princesa, começou a escutar a melodia mais doce de toda sua vida, vinda sabe-se lá como de algum lugar do espaço acima de nossas cabeças.

CONTO: Felipe Augusto Abreu

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